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Arquitetos: Dezine Lounge
- Área: 790 m²
- Ano: 2021
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Fotografias:Ganidu Balasuriya, MAD Factory
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Fabricantes: Kich Architectural Products, M.M. Noorbhoy & Co., Oro & Oro, Rocell
Descrição enviada pela equipe de projeto. Moksha é um hotel pensado para o repouso e a vida saudável, de forma completamente integrada à natureza. Enquanto oferece a todos os seres o conforto de um hotel estrelado em seu interior, a estrutura externa do hotel se mistura perfeitamente com o ambiente e a paisagem natural na qual se insere.
A arquitetura do hotel também está em congruência com o ambiente que seu nome confirma. O arquiteto adotou estratégias de projeto auto-sustentáveis que melhoram o ambiente natural do terreno durante toda a etapa de implementação. Todo e qualquer elemento existente foi reutilizado ao longo do período de construção. O valor agregado do contexto é alto: madeira natural, tijolos provenientes da região e mão de obra local foram utilizados desde a obra até o início da operação, otimizando tempo e despesas extras. Levou quase um ano para preparar o terreno para a construção, uma vez que ele estava cheio de rochas, sempre encontradas nas proximidades de cursos d'água naturais e florestas. A mão de obra local esteve especialmente envolvida na superação deste desafio, pois a topografia era abundante em rochas naturais e encostas pesadas.
A fachada é de madeira, assim como a maioria dos móveis do lobby. A madeira foi reposta a partir do número limitado de árvores que eram essenciais a serem removidas para dar espaço à construção. Colocando em prática as estratégias de projeto sustentável, o arquiteto utilizou estas tábuas de madeira na produção da fachada e dos móveis, e a exigência de equilíbrio foi suprida pelo local sem nenhum dano à floresta tropical circundante. A escolha é tanto sustentável, quanto promotora de conforto. Os tons familiares e marrons da natureza, que se destacam no lobby, fundem ainda mais o edifício com o contexto do qual ele se insere. Os materiais naturais ajudam a manter a atmosfera sempre confortável, e as cores também contribuem nesse sentido. Os tons terrosos escolhidos para o lado de fora e os móveis semi-externos encarnam a floresta com seus marrons profundos, vermelhos terrosos e amarelos queimados.
Desde o início, o arquiteto procurou o apoio de artesãos e construtores locais. Embora tenha sido um desafio elaborar as nuances arquitetônicas de cada detalhe, trabalhar com a experiência disponível ali ajudou a trazer um sabor local rico ao conceito, adotando a sustentabilidade e adaptando-se ao contexto, mantendo a presença da natureza sempre de forma vibrante em todo o hotel.
Os quartos, o restaurante e o bar estão todos alojados em um único edifício de três andares. O volume retangular é implantado paralelamente ao riacho natural Liyan Oya, que corre ao lado da propriedade e do limite da floresta profunda do outro lado. Surpreendentemente, ou talvez maravilhosamente, o caráter angular da estrutura não se destaca como uma anomalia na paisagem. A colocação paralela permite que o hotel boutique se misture na paisagem como se fosse um fenômeno natural ter uma estrutura feita pelo homem dentro da selva.